Ministro Alexandre Rocha Santos Padilha
Já a presidente do Cebes, Ana Costa, ressaltou a importância de se aproximar o processo de Reforma Sanitária ao SUS real da população brasileira. “É fundamental a retomada do debate crítico e das ações em torno das políticas de saúde no país, e é isso que queremos com este documento”, afirmou.Ao receber o documento das mãos do presidente da Abrasco, Luis Facchini, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que os cinco pontos apresentados no documento refletem a posição de várias instituições comprometidas com uma saúde de qualidade para todos, trazendo uma visão que vai além daquela que o governo é capaz. Padilha ressaltou que o documento não deve ficar apenas no âmbito governamental, deve ser amplamente debatido por meio da participação social nas conferências municipais e estaduais de saúde.Um dos pontos destacados pelo ministro é que o país vem passando por uma forte ação de questionamento sobre os valores e a eficácia do SUS. “Essa é uma disputa de mercado em que está em jogo o direito à saúde de 35 milhões de brasileiros, que d eixaram a linha da miséria absoluta, resultado de políticas sociais nos últimos anos, e que hoje sonham em adquirir um plano de saúde”, ressaltou. Padilha disse que o documento é uma forma de mostrar o valor e a importância de um SUS para todos, garantindo o acesso à saúde universal e equitativa para toda a população brasileira.
Agenda Estratégica para a Saúde no Brasil é debatida na ENSP
"Em um esforço de não apenas carrear um conjunto de iniciativas que resolvam questões históricas cruciais do Sistema Único de Saúde (SUS) e do setor Saúde no Brasil, mas também de redimensionar e reposicionar o debate sobre saúde no país, no contexto da nação que temos e a que queremos, foi desenvolvido o documento SUS igual para todos - Agenda Estratégica p ara a Saúde no Brasil", anunciou o presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), Luiz Augusto Facchini, durante o lançamento desta proposta, realizado na ENSP, no dia 4/8.O documento – elaborado pela Abrasco e pelo Cebes, em parceria com outras instituições – traz cinco principais diretrizes para a efetivação dos princípios e diretrizes do SUS: 1- Saúde, meio ambiente, crescimento econômico e desenvolvimento social; 2- Garantia de acesso a Serviço de Saúde de qualidade; 3- Investimentos - superar a insuficiência e a ineficiência; 4- Institucionalização e gestão do Sistema de Serviços de Saúde; e 5- Complexo Econômico e Industrial da Saúde.Segundo Facchini, esta reunião foi feita de maneira informal, sem qualquer tipo de autoridade social, co m o objetivo de retomar o esforço para dinamizar um conjunto de entidades em favor de avanços importantes no âmbito da Saúde, como uma temática de interesse para o desenvolvimento do país. O diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, que também esteve presente na reunião, destacou a importância de retomar o tônus, o impulso pela luta da Reforma Sanitária, principalmente neste momento prévio à XIV Conferência Nacional de Saúde. "Acredito que, agora, estejamos reencontrando um equilíbrio entre o trabalho institucional, a geração de políticas inovadoras e a busca pela maior efetividade e eficiência do SUS".O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, lembrou que se trata de um processo significativo e intenso de maturação, de reflexão das várias entidades que sempre estiveram juntas nesse processo de desafio de construção do SUS. "Com essa articulação, conseguimos agregar uma contribuição significativa para fazer diferença nesse processo de politização e mobilização social em torno das questões do SUS, seus princípios e seus desafios de consolidação", disse.
Ao final, foi lançada a página oficial da Agenda, disponível no endereço http://www.saudeigualparatodos.org.br.
Fonte ENPS www.ensp.fiocruz.br
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